É "impensável" encerrar a RTP Madeira e RTP Açores
"O relatório diz que os centros regionais da RTP cumpriram a sua missão histórica e, portanto, isso só significa que se deve ter uma atitude de reconhecimento para com esse trabalho", comentou, acrescentando: "eu não posso fazer uma leitura que é absurda de se pensar que se cumpriram, já acabou e, agora, fecham, isso é, de todo, impensável"
Guilherme Silva reconhece que "os centros regionais têm de estar submetidos a regras de maior contenção em matéria de despesas e, portanto, uma administração mais rigorosa de medidas que garantam a sua independência e a sua subsistência".
"O bom senso prevalecerá no momento próprio", concluiu.
O grupo de trabalho para a definição do serviço público de comunicação social considera que "a missão histórica" da RTP Açores e RTP Madeira está "terminada", segundo o relatório divulgado segunda-feira.
"Sobre a RTP Açores e RTP Madeira, consideramos que a sua missão histórica está terminada", escrevem os autores do relatório, acrescentando que existe nas Regiões Autónomas, tal como no continente, "a tendência do poder político para tornar cativos os canais".
O grupo de trabalho presidido pelo economista João Duque ressalva que a missão "de afirmação das autonomias e de ligação entre si e ao continente" foi cumprida, mas está agora ultrapassada.
O grupo de trabalho foi criado em Agosto pelo Governo, através de um despacho que estabelecia um prazo de 60 dias para apresentação de um relatório sobre a definição de serviço público de comunicação social.
Coordenado pelo economista João Duque, o grupo de trabalho integra António Ribeiro Cristóvão, Eduardo Cintra Torres, José Manuel Fernandes, Manuel José Damásio, Manuel Villaverde Cabral e Manuela Franco.
Fizeram ainda parte deste grupo Francisco Sarsfield Cabral, João do Amaral e Felisbela Lopes, que se demitiram, os dois primeiros em Outubro, a terceira no dia 09 de Novembro.